terça-feira, 7 de maio de 2013

O que foi que aconteceu......

......com a música popular brasileira?



Putaquipariu até que enfim! Tudo faz sentido.........

Acabaram com a música popular brasileira.

Ainda nos anos 60 e 70, Jovem Guarda (Roberto Carlos & Cia), música romântica (Altemar Dutra, Aguinaldos - Timóteo e Rayol), grandes sambistas (partido alto e rodas de samba), jovens e talentosos músicos surgindo (Elis, Caetano, Rita Lee), compositores da envergadura de um Ivan Lins e João Bosco, davam substância à MPB.

A essa altura a bossa nova praticamente não existia mais, agonizava com Nara Leão, MPB 4 e Quarteto em Cy. Os festivais já tinham cumprido seu papel. Em suma, havia um caldo musical de alta qualidade na MPB.

''Mas de repente tudo mudou...e acenderam as luzes...cruzes! Que flagra, que flagra, que flagra...'' (Rita Lee)

Pra não alongar demais, axé, rock and roll made in Brasília, muito Engenheiro do Hawaii enchendo a minha cabeça de Ira e eu em busca de um Capital Inicial pra trocar os Paralamas do meu fusca...tropecei, contente e feliz, no Globo de Ouro da Platinada, conheci Sullivans e Massadas e mergulhei faceiro e realizado nesse universo mágico da nova música brasileira de pagodes, funks e breganejos. E, hoje me deparo com a nova opção cultural desse país que é o Esquenta da Regina Casé com a participação especial do grande MC Naldo.

Dá uma olhadinha nesse vídeo e vê se a tua bunda não vai cair no chão...no mínimo, faz sentido!




Gostou?

Olha o que a Rita Lee já dizia no anos 70.........





Tenho pena da garotada que tá chegando agora......tudo pasteurizado......PLIM PLIM......

Play it again, Sam...


Casablanca, uma história que poderia ter realmente acontecido no momento da II Guerra Mundial.




O triunfo da máquina de guerra alemã de 1939 até 1941 foi assustador, a Europa estava de joelhos. A Inglaterra bombardeada, a França ocupada, a presença alemã no norte da África estava transformando a guerra europeia em uma legítima guerra mundial. O acesso ao Mediterrâneo pelo estreito de Gibraltar era disputadíssimo pela marinha britânica e pelos submarinos alemães. Duas cidades da região, no início dos anos 40, fervilhavam de agentes secretos dos dois lados, Casablanca, no Marrocos e Lisboa, em Portugal.

Aí reside a grande sacada dos estúdios Warner, do diretor Michael Curtiz e dos serviços de inteligência Aliados ao conceberem o filme CASABLANCA, a prova disso é que o lançamento do filme que aconteceria em 1943, foi antecipado para 1942.

Em um clima "dark" e surrealista, o diretor transfere o espectador para um clube noturno em Casablanca, cujo proprietário é um aventureiro norte-americano (e, curiosamente nesse momento, os Estados Unidos entram na guerra) que convive com agentes secretos nazistas, franceses e britânicos.

O Marrocos, na época, era um protetorado francês e o roteirista do filme, habilmente, usou um clima de intriga e disputa entre o serviços secretos francês, inglês e alemão para, praticamente dentro do clube noturno, transcorrer a mágica história do filme Casablanca.

Numa atuação magistral, o "feio", porém charmoso, Humphrey Bogart e a lindíssima Ingrid Bergmann formam o par romântico do filme em uma conturbada relação com um final emocionante.

O tempero ideal para essa trama foi criado pelo arranjador Max Steiner, que de maneira muito simples coloca a voz de Dooley Wilson e seu piano em uma interpretação magistral para cantar uma das maiores músicas da história do cinema, "As Time Goes By".

Indicada para o Oscar de 1944, "As Time Goes By" perdeu a estatueta de melhor trilha sonora para o filme "A Canção de Bernadette". Mas não mudou em nada. Essa música  é considerada uma obra-prima do cinema mundial, gravada e regravada, até hoje, pelas maiores vozes do cenário musical.

A frase "Play it again, Sam..." ficou marcada para sempre.

Cena do filme onde Ilsa(Ingrid Bergmann) pede para Sam (Dooley Wilson) tocar e cantar "As Time Goes By" em nome dos velhos tempos.


Música completa

Ah! Um pequeno detalhe. Para aqueles que gostam e curtem o verdadeiro cinema, esta obra-prima foi realizada em preto & branco.

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Até a próxima!

Chess Records e os negros


Bom dia leitores da Coluna GIGANTES DO ROCK!

Nessa semana o GIGANTES traz para você: Chess Records, a primeira gravadora de músicos negros.




Com a chegada do som ao cinema multidões de músicos negros, que tocavam piano, violão e faziam as trilhas sonoras das salas de projeção, ficaram desempregados. Ali existiam músicos de raro talento, como Count Basie e vários outros desse nível. Eles não sabiam fazer outra coisa a não ser tocar, tocar, tocar ou tocar e precisavam manter as suas famílias.

Nesse momento de angústia, desemprego e falta de oportunidade, o caldo cultural da música negra americana começa a se moldar e vai dar origem a uma fusão entre o Gospel, o soul e o Rhythym & Blues (ainda com cheiro de senzala).

Com muita dificuldade os negros criaram pequenos espaços e salas de dança, situados em barracões caindo aos pedaços, distantes dos centros urbanos, preferencialmente na área rural. E lá, a duras penas, fervilhava o surgimento e o desenvolvimento de músicos talentosíssimos, mas ainda assim eram perseguidos e discriminados pelos brancos.

Se comprar um instrumento musical naquela época era complicado, para os negros era algo praticamente inalcançável. Gravar um disco? Totalmente fora de questão. As poucas gravadoras existentes apenas contratavam-nos como músicos de estúdio e, esporadicamente, algum entre eles conseguia a rara oportunidade de mostrar seu trabalho solo.

Quando um empresário enxerga na música negra uma mina de ouro.


No pós-guerra, com a explosão do ''Jitterbug'' (dançado e curtido pelos soldados americanos tanto nos EUA, como na Europa), não dava mais para conter a música negra.

Em 1947, um filho de imigrantes judeu-polonês enxerga nesse filão uma mina de ouro e a possibilidade de mudar de vida. Leonard Chess tinha o sonho de ficar rico e comprar um Cadillac. Nesse ano ele cria, em Chicago, a Chess Records, uma gravadora para os artistas  negros




O primeiro músico a ter um contrato assinado foi Muddy Waters e, quando seu primeiro hit fez sucesso e explodiu nas rádios, Chess deu um Cadillac de presente para Waters, o que acabou se tornando uma tradição, cada artista com sucesso ganhava um Cadillac de presente, daí veio o apelido ''Cadillac Records''.

Alguns nomes que passaram pela Chess Records foram: Muddy Waters, Little Walter, Etta James, Minnie Ripperton e Chuck Berry. Claro que passaram por lá muitos outros artistas, mas estas estrelas estão entre as que mais brilharam.

Gravar aconteceu. Mas a divulgação foi o grande ''X'' da questão.


Enfim resolvida a questão de '''onde gravar'' mas ainda havia a questão de ''como divulgar''. Timidamente, em algumas cidades americanas como Nova Iorque, Chicago, Detroit e St. Louis, alguns disque-jóqueis e algumas pequenas emissoras de rádio começaram a perceber a qualidade musical desse novo filão.

Com uma incrível velocidade, a audiência dessas emissoras aumentou de maneira relevante, pois os negros ouviam e propagavam essas gravações. Isso chamou a atenção das grandes gravadoras - como RCA e CAPITOL - que começaram a ampliar o espaço oferecido aos negros.

Até por que não dava para negar que músicos do quilate de Louis Armstrong, Cab Calloway, Billie Hollyday, Ella Fitizgerald já eram sucesso junto ao público dos Estados Unidos.

O fim da Chess Records


A gravadora segue seu curso até meados da década de 70, quando uma série de crises, brigas e discussões entre a diretoria e os músicos, força a Chess Records a encerrar suas atividades.

Mas uma coisa ficou marcada para sempre, no dia em que encerrou as atividades da gravadora, Leonard Chess embarca em seu Cadillac e, ao dobrar a esquina, sofre um infarto fulminante que provoca a sua morte. Emblemático, não?

Fique agora com alguns dos grandes sucessos da gravadora Chess Records.........

Etta James 




Chuck Berry 



Muddy Waters 

Muddy Waters, com essa canção, inspira os garotos dos Stones a colocar esse nome na banda.


Na próxima semana: Gravadora MOTOWN, a consagração da música negra norte-americana.


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 Até lá...